segunda-feira, 17 de agosto de 2015

RESULTADO DO II CONCURSO LITERÁRIO FOED CASTRO CHAMMA 2015 - CRÔNICAS: INFANTOJUVENIS

CRÔNICAS: INFANTOJUVENIS

1º lugar: Juan Alvaro M. Oliveira - Irati/PR
Presságio
“O fim do mundo está próximo”. Foi isso que vi no noticiário matutino logo que cheguei a minha casa. Estou com a cabeça atordoada, acho que realmente é o fim. Cômico que, quando eu era criança, lembro-me de ler uma carta como se tivesse sido escrita em 2050. Agora, em 2047, estamos na guerra abordada por aquela carta.
Tive receio, mas saí. Corri o rico, mas aventurei-me à luz do dia da cidade deserta. Não consegui dormir. O sol escaldando marcava os últimos instantes do planeta e quis aproveitar ao máximo a experiência de viver. Bem que tentamos, mas não conseguimos.
Somos 120 habitantes no mundo, condensados numa vila na região onde havia a Floresta Amazônica no Brasil. Andando pelas ruas notei que na verdade a cidade não dormia. Aproximei-me do hospital, quando vi muitos ao seu redor. Existem apenas 11 médicos entre nós, mas apenas três não estão adoecidos. A faixa preta em frente ao prédio indica mais morte. O letreiro diz que há apenas mais umas duas semanas de vida, pois só foram treze mortes hoje. Somos cento e sete habitantes no mundo, condensados numa vila.
Sabia que não podia ficar exposto ao sol para não ficar com desidratação. Mas não resisti. Fui até o Bosque dos Sonhos onde há um lago. Ali sonhamos beber sua água, mas ela é ácida e borbulha ao calor solar. Tudo poluído, assim como os mares.
Entre os mortos de hoje estão o prefeito, um dos médicos e o jornalista que disse pela manhã que o fim do mundo está próximo. Fui ao museu. Não se espante, ainda temos guardada nossa história. Lá, vi um objeto que tinha em casa durante minha infância: uma torneira. Girei-a e lembrei-me de como jorrava água dela. Então, tive uma certeza e soube o porquê Deus prometeu que o mundo não acabaria em dilúvio novamente. 





2º lugar: Suzana Sitorvski Batista - Irati/PR

A gotinha alegre

Num lago próximo a casa de Joana nasceu uma gotinha de água muito alegre, junto com outras gotinhas que ali habitavam.  Ela seguia de um lado ao outro do lago, esbarrando-se em folhas, galhos e pedras. Perto do lago existia uma plantação de milho, a qual estava triste pela falta de chuva, sua aparência estava a cada dia mais feia. Joana e seus pais estavam muito preocupados, sem esperança de fazer uma boa colheita.
Numa tarde ensolarada a ”gotinha alegre” se esquentou e ficou totalmente leve até subir bem lá no alto da nuvem, lá encontrou milhares de sua espécie e juntas formaram uma bonita nuvem.
Ao cair da tarde, começou soprar um vento forte e assustador, levando a nuvem para um lugar mais frio e distante. A gotinha ficou assustada, pois era muito alegre morando naquele lago, onde já tinha conquistado muitas amizades, seu medo era nunca mais rever suas amigas. No dia seguinte as nuvens do céu mudaram de lugar, bateram-se uma na outra e a chuva caiu forte, vindo a molhar toda a plantação cultivada pelos pais de Joana.
A gotinha alegre além de voltar para sua casa “o lago onde nasceu”, ajudou a molhar a bonita plantação e trouxe esperança de uma boa colheita para a família de Joana.



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